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Resumo:Em uma pandemia global que muda rapidamente, essa não era a virada que as autoridades do Federal Reserve esperavam no início de junho, quando suas projeções mostravam um otimismo cauteloso para a recuperação
Por Howard Schneider
(Reuters) - Em uma pandemia global que muda rapidamente, essa não era a virada que as autoridades do Federal Reserve esperavam no início de junho, quando suas projeções mostravam um otimismo cauteloso para a recuperação econômica e um crescimento lento e contínuo a seguir.
Nas sete semanas subsequentes, grande parte disso foi por água abaixo.
A pandemia de coronavírus se intensificou e provocou novas restrições econômicas. Dados indicam uma possível desaceleração nas empresas e nas contratações. E negociações travadas até agora em Washington sobre mais alívio do governo deixam o país à beira de um penhasco de gastos.
Os riscos para a recuperação dos EUA cresceram substancialmente, e o novo comunicado de política monetária do Fed a ser divulgado nesta quarta-feira mostrará a seriedade com que as autoridades do banco central os avaliam.
Na terça-feira o Fed já fez um aceno às perspectivas, prorrogando de 30 de setembro a 31 de dezembro a disponibilidade dos programas emergenciais de crédito que montou no início da pandemia, quando as esperanças de uma recuperação em “V” ainda eram fortes.
Autoridades do Fed “sempre temeram que uma reabertura apressada levaria a um ressurgimento do vírus que limitaria a recuperação”, disse Krishna Guha, vice-chairman da Evercore ISI.
Agora que a doença voltou no verão local, o Fed “precisa decidir se esse é um revés de curto ou longo prazo e quais são as implicações para sua política.”
O comunicado será divulgado às 15h (horário de Brasília) e o chair do Fed, Jerome Powell, dará entrevista à imprensa meia hora depois. Nenhuma nova projeção econômica será divulgada desta vez.
Também não se espera que o Fed anuncie qualquer grande decisão de política monetária nesta quarta-feira. Autoridades podem indicar uma mudança à frente em como vê sua meta de inflação, ou começar a explicitar metas para as taxas de desemprego ou inflação a serem cumpridas antes que avalie elevar os juros do atual nível perto de zero.
Essa orientação baseada em metas parece ser defendida pelas autoridades de acordo com a ata da reunião de junho do Fed, e vários analistas disseram que esperam que isso seja anunciado em setembro.
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