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Resumo:A maioria das autoridades do Federal Reserve defendeu a necessidade de cortar os juros em setembro, mostrou a ata da última reunião do banco central dos Estados Unidos, mas elas estã
Por Lindsay Dunsmuir e Jason Lange
WASHINGTON (Reuters) - A maioria das autoridades do Federal Reserve defendeu a necessidade de cortar os juros em setembro, mostrou a ata da última reunião do banco central dos Estados Unidos, mas elas estão cada vez mais divididas sobre a trajetória futura da política monetária.
A ata da reunião, divulgada nesta quarta-feira, também mostrou que o Fed concordou que precisará em breve discutir se vai aumentar o tamanho de seu balanço, na esteira de turbulências no mercado monetário de curto prazo.
Em sua reunião em 17 e 18 de setembro, as autoridades do Fed decidiram, em uma votação de 7 a 3, reduzir os custos dos empréstimos em 0,25 ponto percentual para um intervalo entre 1,75% e 2,00%.
“A maioria das autoridades acreditava que a redução de 0,25 ponto na meta de intervalo para os juros seria apropriada”, disse o Fed na ata.
Enquanto todos se tornaram, em geral, mais preocupados com riscos associados às guerras comerciais do governo Donald Trump, particularmente com a China, com a desaceleração do crescimento global e com outros acontecimentos, como o Brexit, eles discordaram sobre o significado disso para a economia norte-americana.
Várias autoridades acreditavam que seria prudente para o Fed cortar os juros como medida de proteção contra os riscos, enquanto várias outras disseram que as perspectivas econômicas dos EUA não justificavam o corte nos juros.
“Eles afirmaram que é improvável que as principais incertezas sejam resolvidas em breve. Além disso, como não acreditavam que essas incertezas iriam atrapalhar a expansão, não viam necessidade de uma acomodação adicional da política monetária neste momento”.
Várias autoridades observaram que os modelos estatísticos sugeriram que a probabilidade de uma recessão no médio prazo aumentou nos últimos meses e vários alertaram que o mercado de trabalho em 2019 pode ter sido menos forte do que se pensava, de acordo com as revisões preliminares do Bureau of Labor Statistics.
O Fed reduziu os custos de empréstimos duas vezes este ano, depois de ter aumentado a taxa de juros nove vezes desde 2015, e a ata desta quarta-feira está repleta de projeções que acompanharam a declaração de setembro, que mostrou discordância entre as autoridades sobre o caminho a ser seguido à frente.
Sete das autoridades do Fed no mês passado indicaram prever mais um corte nos juros este ano. Cinco autoridades disseram não acreditar que mais cortes sejam necessários e os outras cinco projetaram um aumento de juros até o final de 2019. Os investidores esperam, predominantemente, outro corte de juros na próxima reunião de 29 a 30 de outubro.
O chairman do Fed, Jerome Powell, e algumas outras autoridades estão no grupo que vê os cortes que já ocorreram como um seguro necessário para manter a mais longa expansão econômica dos EUA em andamento.
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