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Resumo:Com as sanções impostas pelos Estados Unidos impedindo a Venezuela de vender petróleo aos norte-americanos, a estatal PDVSA se voltou a diversos comprado
Por Marianna Parraga e Luc Cohen e Deisy Buitrago
CIDADE DO MÉXICO/CARACAS (Reuters) - Com as sanções impostas pelos Estados Unidos impedindo a Venezuela de vender petróleo aos norte-americanos, a estatal PDVSA se voltou a diversos compradores pouco conhecidos, entre eles uma pequena companhia turca que não possui refinarias, mas está ligada ao governo do presidente Nicolás Maduro, segundo documentos internos e uma fonte na PDVSA.
Até recentemente, algumas das maiores petroleiras e empresas de refino do mundo, como as norte-americanas Chevron (CVX.N) e Valero Energy (VLO.N), recebiam carregamentos venezuelanos, e a PDVSA mantinha um rigoroso processo de verificação para garantir que potenciais compradores tivesses capacidade para pagar.
No entanto, as sanções impostas pelos EUA em janeiro, em um esforço para retirar Maduro do poder, afastaram muitos desses clientes. As exportações da PDVSA despencaram em mais de um quinto desde as medidas norte-americanas, de acordo com dados da companhia e do Refinitiv Eikon. Hoje, seus principais compradores são empresas chinesas e indianas. [nL2N2430TY]
Três fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters que diretores da PDVSA, em uma reunião do Conselho em 14 de março, dispensaram temporariamente algumas das exigências para novos consumidores ou fornecedores, incluindo a que obrigava a empresa a possuir ao menos dois anos de experiência na indústria petrolífera.
Tanto a PDVSA quanto o Ministério do Petróleo da Venezuela não responderam a pedidos por comentários.
Na esteira das mudanças, uma empresa turca chamada Iveex Insaat começou a adquirir petróleo venezuelano em abril, segundo documentos relacionados aos planos de embarques da PDVSA e relatórios internos de exportações e importações no primeiro semestre do ano, todos revisados pela Reuters.
Dados da Câmara de Comércio de Istambul mostram que a Iveex Insaat foi criada há menos de um ano, com um capital de apenas 10 mil liras (1.775 dólares), e tem “construção residencial” como sua principal atividade divulgada.
Entre abril e junho, foi uma das cinco empresas que carregaram navios-tanques para o recebimento de petróleo venezuelano de notas mais altas, que figura entre os mais valiosos do país, mostraram os documentos. A Iveex carregou cinco navios com petróleo bruto da Venezuela e produtos derivados em abril, o equivalente a pouco menos de 8% das exportações venezuelanas, mas nada em maio ou junho, segundo documentos da PDVSA.
Registros corporativos turcos apontam que a Ivexx Insaat pertence a Miguel Silva, empresário venezuelano que comanda a Câmara Venezuelana de Exportadores em Caracas, além de ter servido como comissário do Ministério da Habitação no governo Maduro.
A Reuters não pôde determinar os termos sob os quais a Iveex Insaat vem recebendo petróleo venezuelano, assim como não foi possível confirmar quem finalmente compraria e refinaria o produto, já que a empresa não possui refinarias.
Iveex Insaat e Silva não responderam a pedidos por comentários.
Uma fonte na PDVSA, um corretor de embarques e um inspetor marítimo --todos se recusaram a ser citados nominalmente-- afirmaram à Reuters que a Iveex possui um acordo para entregar produtos refinados à Venezuela, recebendo em troca o petróleo bruto. Com suas refinarias prejudicadas por problemas de manutenção, o país membro da Opep enfrenta dificuldades com uma grave escassez de combustível nos últimos meses.
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