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Resumo:USD/BRL - Dólar Americano Real Brasileiro. O mercado cambial registrou uma alta modesta do dólar em relação ao real nesta terça-feira, após uma escalada no início do pregão, acompanhando uma melhoria gradual no sentimento global antes da aguardada reunião de política monetária do Federal Reserve.
A moeda norte-americana fechou com uma leve elevação de 0,12%, atingindo 5,0314 reais na venda. Este é o segundo pregão consecutivo em que o dólar encerra acima do patamar psicologicamente importante de 5 reais. A última vez que isso ocorreu foi no final de outubro de 2023.
No período matutino desta terça-feira, o dólar chegou a subir 0,59%, alcançando 5,0552 reais na venda, mas ao longo da sessão, foi perdendo força gradualmente, em linha com a recuperação das ações em Wall Street e a queda dos rendimentos dos Treasuries. O índice do dólar em relação a uma cesta de moedas permaneceu em território positivo durante a tarde, principalmente devido à desvalorização significativa do iene japonês.
O apetite por risco nesta sessão foi impulsionado pelo aumento das apostas de que o Fed reduzirá sua taxa básica até junho, subindo para 58% das probabilidades, em comparação com 54% na segunda-feira, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group. Isso indica uma maior confiança do mercado de que o afrouxamento monetário nos EUA começará no primeiro semestre, o que é mais favorável para os ativos de risco do que um cenário no qual os cortes de juros ocorreriam mais tarde.
O Federal Reserve iniciou nesta terça-feira sua reunião de política monetária de dois dias, com expectativas de manutenção das taxas de juros, conforme as previsões do mercado. Os investidores estão atentos a qualquer sinalização das autoridades do Fed sobre seus próximos passos, especialmente em meio à persistência da inflação nos EUA.
No Brasil, o Banco Central também concluirá sua reunião de política monetária na quarta-feira, com amplas expectativas de um novo corte de 0,50 ponto percentual na Selic, para 10,75%. No entanto, recentemente têm surgido especulações nos mercados sobre a possibilidade de o BC alterar sua orientação em relação ao ritmo de afrouxamento nas “próximas reuniões”.
“Quanto maior a taxa de juros esperada nos Estados Unidos, maior a taxa básica de juros factível no Brasil. A questão é: qual o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos que não gera pressão sobre a taxa de câmbio e, portanto, sobre a inflação?”, escreveu em nota José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.
“O Copom deverá sinalizar este movimento com uma pequena mas importante mudança no comunicado que se seguirá à reunião desta semana. Em especial, a afirmação de que novas quedas da taxa de juros de mesma magnitude deverão ser implementadas nas próximas reuniões do Copom deverá ser alterada.”
Embora o afrouxamento monetário reduza a rentabilidade do mercado brasileiro e a atratividade do real, muitos especialistas têm dito que os juros permanecem, pelo menos por enquanto, em um patamar ainda interessante para investidores estrangeiros.
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