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Resumo:O Ministério da Agricultura reconheceu algumas áreas do país como livres de febre aftosa sem vacinação e deve coletar documentação comprobatória para envio à Organização Internacional da Saúde Ani
Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Agricultura reconheceu algumas áreas do país como livres de febre aftosa sem vacinação e deve coletar documentação comprobatória para envio à Organização Internacional da Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) solicitando adesão a este status sanitário, disse à Reuters a confederação agropecuária CNA, nesta quarta-feira.
Foram contemplados o Paraná, Rio Grande do Sul e os Estados que compõem o Bloco I do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) --Rondônia, Acre, 13 municípios do Amazonas e cinco cidades de Mato Grosso, segundo ele.
Se o pedido for confirmado pela OIE, o Brasil, maior exportador global de carne bovina, poderia ter mais chances de acessar mercados mais exigentes. A febre aftosa pode reduzir fortemente a produtividade de um rebanho, mas não causa problemas ao ser humano.
“O processo de reconhecimento da erradicação da vacina tem duas etapas, a primeira é do país e a segunda da OIE”, disse o assessor técnico da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Ricardo Nissen.
Questionado, o Ministério da Agricultura disse por meio da assessoria de imprensa que uma instrução normativa sobre o assunto deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. Mas o ministério não entrou em detalhes.
“Ainda existe um processo para que estas regiões sejam reconhecidas pelos mercados compradores como sem vacinação, mas a IN representa um dos passos oficiais”, afirmou Nissen.
O pleito deve ser enviado à OIE até setembro deste ano para apreciação na Assembleia Geral marcada para maio de 2021.
Segundo o especialista da CNA, quando reconhecidas internacionalmente, estas áreas teriam mais facilidade para realizar negociações bilaterais de exportação de carne bovina, principalmente junto a compradores mais rigorosos, como Japão, Indonésia e Coreia do Sul.
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Até o momento, somente Santa Catarina, com rebanho de 4 milhões de bovinos, considerado relativamente pequeno, é reconhecido pelo governo federal e pela OIE como livre de aftosa sem vacinação. O Estado, contudo, é grande produtor de suínos e tira proveito de sua condição sanitária neste mercado.
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O rebanho do Paraná teve a última vacinação realizada em maio de 2019, afirmou Nissen.
No Rio Grande do Sul, as vacinas foram aplicadas entre março e abril deste ano, enquanto as demais regiões reconhecidas pelo governo federal vacinaram seus rebanhos em novembro de 2019.
“Os blocos 2, 3 e 4 do Pnefa, que representam praticamente os rebanhos de todo restante do país, tiveram o calendário para erradicação da vacina contra aftosa prorrogado devido à pandemia do novo coronavírus”, ressaltou.
“Houve a percepção de que existia a necessidade de mais aplicação financeira para a execução das tarefas requisitadas pelo plano, que permitem retirar a vacina, então, as últimas vacinações que seriam realizadas em maio de 2021, foram postergadas para 2022”, completou.
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