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Resumo:As exportações brasileiras de açúcar aumentaram 91,5% em julho em relação ao mesmo período do ano anterior, para 3,487 milhões de toneladas, e se aproximaram de um nível recorde de embarques mens
Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO, (Reuters) - As exportações brasileiras de açúcar aumentaram 91,5% em julho em relação ao mesmo período do ano anterior, para 3,487 milhões de toneladas, e se aproximaram de um nível recorde de embarques mensais, conforme dados do governo federal divulgados nesta segunda-feira.
Até o momento, o maior volume já embarcado pelo país foi de 3,5 milhões de toneladas, em setembro de 2017, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
As usinas de cana têm contado com o apoio do câmbio e ampla disponibilidade de oferta para exportar, além de terem fechado grande volume de negócios antecipadamente. Na última semana, esta conjuntura já indicava que o embarque do mês chegaria perto de um recorde.
Com a moeda norte-americana negociada em torno de 5,30 reais, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou nesta segunda-feira que a tendência é que o câmbio continue favorável às exportações brasileiras, sobretudo as do agronegócio.
Ele também destacou, em coletiva de imprensa pela internet, que não há preocupação por parte do governo com aumento da representatividade da China como importador dos produtos brasileiros.
O mercado chinês tem sido um dos principais destinos de exportação de açúcar do Brasil e lidera as aquisições de outras commodities como soja, carne bovina, suína e minério de ferro.
OUTRAS COMMODITIES
As exportações externas de soja alcançaram 10,37 milhões de toneladas em julho, ante 7,44 milhões um ano antes, informou a Secex. A média de embarques passou de 323,6 mil toneladas ao dia para 451 mil toneladas diárias.
Após embarques recordes neste ano, uma oferta mais enxuta já tem resultado em um aumento de importações do grão para contribuir no atendimento da demanda local.
Desta forma, as importações de soja saltaram de 12,75 mil toneladas em julho de 2019 para 126,2 mil toneladas no mês passado. E a tendência é que este movimento se acentue até o final do ano, durante a entressafra do país.
Na ponta negativa, as exportações brasileiras de milho recuaram para 4,14 milhões de toneladas em julho, ante 5,92 milhões de toneladas um ano antes, em meio a um cenário de menor oferta disponível para embarque.
No café, a queda foi para 167,8 mil toneladas (2,796 milhões de sacas de 60 kg) em julho, ante 174 mil toneladas no mesmo período de 2019.
CARNES
Na área de proteína animal (in natura), o destaque vai para o segmento de suínos, cujos embarques da carne cresceram 46,7% em julho, para 90,2 mil toneladas, na esteira da demanda da China. O país segue com o rebanho afetado pela peste suína africana e mantém firmes as compras no mercado internacional.
O volume exportado pelo Brasil ficou próximo do patamar mensal recorde, de 90,7 mil toneladas registrado em maio.
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A doença que dizimou mais da metade do rebanho de suínos chinês e ainda atinge outros países na Ásia também contribui para as exportações brasileiras de carne bovina.
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Em julho, as vendas externas da proteína bovina subiram 27% no comparativo anual, para 169,24 mil toneladas, informou a Secex.
Na contramão, os embarques de carne de aves caíram 9,23%, para 337,48 mil toneladas. As apostas de alguns países árabes e asiáticos em produção própria de frango ajuda a limitar as exportações do setor.
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