简体中文
繁體中文
English
Pусский
日本語
ภาษาไทย
Tiếng Việt
Bahasa Indonesia
Español
हिन्दी
Filippiiniläinen
Français
Deutsch
Português
Türkçe
한국어
العربية
Resumo:O varejo brasileiro iniciou o segundo trimestre com as maiores perdas em 20 anos, uma vez que as vendas despencaram em abril como consequência das medidas de isolamento adotadas
Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier
SÃO PAULO (Reuters) - O varejo brasileiro iniciou o segundo trimestre com as maiores perdas em 20 anos, uma vez que as vendas despencaram em abril como consequência das medidas de isolamento adotadas no país para conter a pandemia de coronavírus.
As vendas tiveram queda de 16,8% em abril na comparação com o mês anterior diante do fechamento do comércio, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse foi o recuo mais acentuado desde o início da série histórica em 2000, e representou uma queda bem mais forte do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de contração das vendas em 12,0%
Essa foi também a segunda queda consecutiva, acumulando perdas de 18,6% no período.
É o segundo mês do impacto da pandemia. Essa influência começa em março, com fechamento de lojas nas grandes cidades, e o quadro se sustenta e aumenta em abril, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas também tiveram perdas de 16,8%, contra expectativa de recuo de 13,6%.]
O consumo vem sendo contido no país tanto pelo fechamento de lojas físicas e outros estabelecimentos como também pelas incertezas em torno dos impactos da pandemia sobre a economia e o mercado de trabalho.
Abril foi a primeira vez em que a pesquisa trouxe os resultados de um mês inteiro com o país sob isolamento social. Isso fez com que todas as atividades analisadas sofressem perdas, o que aconteceu segundo o IBGE apenas pela terceira vez desde o início do levantamento.
A queda mais acentuada foi em Tecidos, vestuário e calçados (-60,6%), seguido de Livros, jornais, revistas e papelaria (-43,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-29,5%).
Setores considerados essenciais na pandemia também tiveram recuo em abril, depois de subirem no mês anterior -- as vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram 11,8%, enquanto as de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos tombaram 17%.
Tivemos também uma redução da massa salarial que, entre o trimestre encerrado em março para o encerrado em abril, caiu 3,3%, algo em torno de 7 bilhões de reais. Isso também refletiu nessas atividades consideradas essenciais, explicou Santos.
No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, as vendas despencaram 17,5% em abril, sendo que a atividade de veículos, motos, partes e peças apresentou perdas de 36,2% e a de material de construção recuou 1,9%.
“A queda foi generalizada e em quase todas ela foi recorde, com exceção de veículos, móveis e material de construção, que tiveram quedas maiores no mês anterior. São 7 recordes negativos em abril”, completou Santos.
O IBGE informou ainda que, do total de empresas consultadas, 28,1% relataram impacto em suas receitas em abril das medidas de isolamento social, contra 14,5% no mês de março.
Isenção de responsabilidade:
Os pontos de vista expressos neste artigo representam a opinião pessoal do autor e não constituem conselhos de investimento da plataforma. A plataforma não garante a veracidade, completude ou actualidade da informação contida neste artigo e não é responsável por quaisquer perdas resultantes da utilização ou confiança na informação contida neste artigo.