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Resumo:O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, classificou nesta quinta-feira como "relevantes" os riscos à inflação, a despeito da melhora do balanço de riscos para os preços, e reiterou que o
Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, classificou nesta quinta-feira como “relevantes” os riscos à inflação, a despeito da melhora do balanço de riscos para os preços, e reiterou que o risco do lado das reformas é “preponderante”, no dia em que a reforma da Previdência foi aprovada em comissão da Câmara.
“Eventual frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária”, disse o presidente do BC em texto preparado para leitura em evento na XP Investimentos, reiterando mensagem das últimas comunicações oficiais da autoridade monetária.
A ponderação dá sequência ao tom mais comedido do chefe do BC percebido em falas recentes e sinaliza uma postura mais cautelosa em relação a apostas agressivas do mercado para cortes da Selic.
Nesta quinta, os juros futuros tiveram nova sessão de fortes quedas, com o mercado embarcando em aposta de corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica Selic na próxima reunião do Copom, nos dias 30 e 31 de julho.
Os contratos de DI embutiam Selic média em dezembro de 5,5% ao ano, bem abaixo dos atuais 6,50%.
Na terça-feira passada, em evento na Suíça, o presidente do BC afirmou que a trajetória dos juros não está diretamente ligada às reformas, e sim aos efeitos sobre a inflação.
No mesmo evento da XP Investimentos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, com a aprovação da reforma da Previdência, os juros vão cair.
Campos Neto repetiu nesta quinta que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. E reiterou que a manutenção da Selic em 6,50% na última reunião do Copom, em junho, é compatível com a convergência da inflação para a meta em 2019 e, “principalmente”, em 2020.
“Os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, disse Campos Neto.
Ainda de acordo com o presidente do BC, avanços concretos na agenda de reformas são “fundamentais” para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva.
Na apresentação, Campos Neto disse que a taxa real de juros se encontra perto de suas mínimas recordes (2,15% ao ano) e que a “conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa” --ou seja, como taxas de juros abaixo do patamar considerado estrutural. O juro estrutural é aquele que, teoricamente, não gera pressão inflacionária.
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