简体中文
繁體中文
English
Pусский
日本語
ภาษาไทย
Tiếng Việt
Bahasa Indonesia
Español
हिन्दी
Filippiiniläinen
Français
Deutsch
Português
Türkçe
한국어
العربية
Resumo:Uma barragem da mina de ferro Feijão, da Vale, rompeu-se no município de Brumadinho (MG), no início da tarde desta sexta-feira, atingindo parte da comunidade da Vila Ferteco e a área administrativa d
Por Marta Nogueira
SÃO PAULO (Reuters) - Uma barragem da mina de ferro Feijão, da Vale, rompeu-se no município de Brumadinho (MG), no início da tarde desta sexta-feira, atingindo parte da comunidade da Vila Ferteco e a área administrativa da companhia, informou a mineradora.
Ainda não havia confirmação sobre feridos no local, disse a Vale, maior produtora global de minério de ferro, após relatos não confirmados dos bombeiros sobre vítimas.
Imagens da TV mostraram os bombeiros resgatando ao menos três pessoas da lama, que destruiu construções e avançou por uma grande área de vegetação.
O caso de Brumadinho ocorre mais de três anos depois de uma barragem de rejeitos de mineração da Samarco, joint venture da Vale e da BHP, ter se rompido em Mariana (MG), matando 19 pessoas e causando o pior desastre ambiental do Brasil.
O novo rompimento de uma barragem em Minas Gerais reacende questões sobre a segurança de tais estruturas.
Segundo relatório da Agência Nacional de Águas divulgado no final do ano passado, o número de barragens apontadas como mais vulneráveis subiu de 25 em 2016 para 45 em 2017.
No relatório, aparecem uma série de barragens em Brumadinho, incluindo da Vale, com riscos de danos potenciais associados classificados como "alto".
Conforme o relatório, a maioria dos casos citados apresenta problemas de baixo nível de conservação. Das 45 barragens, 25 pertencem a órgãos e entidades públicas.
"A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade", disse a mineradora em comunicado à imprensa.
As ações da mineradora listadas nos Estados Unidos ampliavam perdas nesta sexta-feira e recuavam cerca de 7 por cento após rompimento de barragem. No Brasil, a bolsa de valores está fechada nesta sexta-feira por feriado municipal em São Paulo, em função do aniversário da cidade.
A mina Feijão produziu 7,8 milhões de toneladas de minério de ferro em 2017, segundo relatório da Vale, um volume relativamente pequeno perto da produção total da companhia naquele ano (366,5 milhões de toneladas).
Segundo informações preliminares da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais, a barragem que se rompeu estava paralisada --o órgão é responsável pelo licenciamento de barragens. Não havia imediatamente informações da Vale se a mina estava em operação.
Imagens aéreas enviadas pelo Corpo de Bombeiros mostraram grande quantidade de lama em meio à vegetação. A altura da lama chegava ao telhado de casas e outras construções.
A Prefeitura de Brumadinho pediu que a população mantenha a distância do leito do Rio Paraopeba, um importante afluente do rio São Francisco e um dos que abastecem a região da Grande Belo Horizonte com água.
"Estão evacuando todas a pessoas que moram perto do rio. A lama ainda não chegou lá. A barragem fica a 10 quilômetros da cidade. A gente que tem família nessa parte esta preocupada, mas ainda não temos informação de vítimas", disse funcionaria da Defesa Civil em Brumadinho, Eliane Pena.
O Instituto Inhotim, um dos maiores centros de arte ao ar livre da América Latina e localizado em Brumadinho, foi esvaziado por segurança por causa do rompimento, informou a entidade.
O presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o acidente do rompimento da barragem. Ele foi informado sobre o desastre quando estava em reunião com o ministro da Defesa, general Fernando de Azevedo e Silva, disse uma fonte do Palácio do Planalto. A expectativa é que às 17 horas o governo federal se manifeste sobre o assunto.
O secretário Nacional de Proteção Civil, coronel Alexandre Lucas, e o diretor do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais, Armin Braun, estão se deslocando para o local do rompimento da barragem, informou a assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Regional. As duas autoridades cumpriam uma agenda oficial em Maceió, Alagoas, e já estão se deslocando para Minas Gerais.
Equipe do ministério está coletando informações sobre o que ocorreu no rompimento da barragem e, por ora, não tem informações sobre o tamanho e a dinâmica do acidente, disse a assessoria. A equipe da Defesa Civil Nacional está em contato com as equipes das defesas civil estadual e municipal, acrescentou.
Isenção de responsabilidade:
Os pontos de vista expressos neste artigo representam a opinião pessoal do autor e não constituem conselhos de investimento da plataforma. A plataforma não garante a veracidade, completude ou actualidade da informação contida neste artigo e não é responsável por quaisquer perdas resultantes da utilização ou confiança na informação contida neste artigo.